terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Aquela que amamos odiar
Ah, Jandira!... Como a maioria das grandes vilãs do cinema, aquelas que amamos odiar, ela é uma jovem linda, com um rostinho angelical e um coração transbordante de frustrações, rancores, impaciência, vingança...
Esse foi o grande desafio da atriz paulistana Káthia Calil ao criar o seu personagem: compreender os porques dela ser tão, digamos, má, especialmente com Zezé, o protagonista do "Meu Pé de Laranja Lima".
Zezé, menino sensível e sonhador, que vive intensamente a liberdade das crianças do interior criadas em contato direto com a natureza, longe das ameaças e aprisionamentos das grandes cidades, é o oposto de sua irmã mais velha, Jandira. Esta, mal saída da adolescência, tem como impedimento para que possa viver plenamente os anos da sua juventude o fato de precisar assumir o lugar da mãe dentro de casa, cuidando das tarefas domésticas e, sobretudo, dos 4 irmãos menores.
Jandira, como as moças da sua idade, é vaidosa, quer sair, namorar. A mudança do status da família devido ao fato do pai ter perdido seu emprego e a necessidade da mãe ter de assumir o sustento da família, trabalhando o dia todo, coloca Jandira, contra sua vontade, com uma carga de responsabilidades que ela não deseja naquele momento.
O escritor José Mauro de Vasconcelos dedicou o "Meu Pé de Laranja Lima" para sua irmã Glória e para o menorzinho, Luiz. Jandira não foi merecedora desse carinho. Vingança?
Jandira é sempre considerada a malvada, a irascível, um verdadeiro verdugo de Zezé. Mas só mesmo assistindo ao filme é que poderemos ter uma visão mais clara dessa personagem tão rica, que encontrou sua melhor descrição no roteiro de Marcos Bernstein e Melanie Dimantas, e a quem o talento e a beleza de Káthia Calil dão vida.
Em seu primeiro longa metragem, essa jovem paulistana mostra que veio para ficar e que tem as qualidades necessárias para estabelecer-se como uma das grandes atrizes da nova geração.
Vídeo integrante do "Making Of" do "Meu Pé de Laranja Lima".
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